O Brasil vira exemplo mundial… Mas para a dona da Ticket
Com a exportação de plataformas desenvolvidas no País para mercados na América Latina e na Europa, a Edenred do Brasil fortalece a estratégia de diversificação e ganha relevância no mapa global do grupo.
Principal executivo da francesa Edenred, dona da Ticket, nas Américas, Gilles Coccoli mantém uma longa e estreita relação com o Brasil. Entre idas e vindas, o executivo francês de 50 anos já viveu, como gosta de dizer, em um português perfeito, “um quarto de século” no País.
A influência brasileira não está restrita à vida pessoal de Coccoli. O sotaque local também está ganhando ainda mais relevância no grupo. “O Brasil é muito fértil para trabalhar, propor e investigar”, diz Coccoli, diretor-executivo da Edenred para as Américas, em entrevista ao NeoFeed. “E tem exportado cada vez mais projetos para outras operações.”
A Edenred ainda é mais conhecida pelo portfólio de benefícios, que inclui ofertas como o Ticket Restaurante e o Ticket Alimentação, que respondeu por uma fatia de 62% da receita global de € 1,62 bilhão, em 2019.
O grupo vem fortalecendo, no entanto, a atuação em áreas como frota e mobilidade. E é nesse roteiro que a operação brasileira, dona de uma receita superior a € 400 milhões em 2019, está preparando novas exportações, por meio das marcas Ticket Log e Repom.
A primeira é uma plataforma com funções como agendamento de serviços e indicação das oficinas mais próximas disponíveis; sugestão de manutenções preventivas, a partir de dados coletados por recursos como telemetria; e negociação direta com fornecedores para a compra de peças. Em 2019, foram mais de 300 mil veículos atendidos e 8,7 milhões de peças trocadas, com uma economia de até 30%.
Outra oferta made in Brazil prestes a atravessar fronteiras é uma plataforma de gestão de fretes, que centraliza desde a contratação até o pagamento dos motoristas. E traz ainda recursos como o controle de custos com pedágio e a comprovação, em tempo real, da entrega da carga. Entre os clientes no País estão empresas como JBS, Cargill e ArcelorMittal.
“Até o fim do ano, vamos levar essas duas plataformas para outras operações na região”, diz Coccoli. O percurso inclui países como Argentina e México. E a adoção está no radar de operações na Europa.
Fonte: https://neofeed.com.br/blog/home/o-brasil-vira-exemplo-mundial-mas-para-a-dona-da-ticket/